Já tinha imaginado que até o Design Thinking tem técnicas que podem te dar um “help” em dinâmicas de grupo e em outras interações em equipe?
Vem cá que é o Design Thinking que a gente vai falar por aqui.
Em um contexto onde está cada vez mais competitivo e os profissionais estão sempre em busca de qualificação, os processos seletivos para conseguir um emprego nas grandes empresas estão acirrados. Por isso, o Design Thinking acaba sendo uma ferramenta muito forte para te ajudar no mundo corporativo.
Sendo assim, o candidato que está buscando uma vaga na empresa dos sonhos deve ficar atento para ser sua melhor versão nas etapas do processo seletivo e para isso pode contar com ferramentas incrivelmente eficazes, como a de aplicação do Design Thinking nas etapas presenciais.
Isso quer dizer que o Design Thinking pode ser útil até para conseguir uma vaga de emprego?
Sim, pois tudo gira em torno de pessoas e seus relacionamentos interpessoais. E os princípios do Design Thinking encaixam muito bem como ferramenta de facilitação e melhoria dessas interações e pode ser usado em qualquer lugar ou assunto.
Ele é uma grande ferramenta para o ensino de soft skills do século 21 por ser uma “forma de pensamento” baseada em resoluções humanizadas, práticas e criativas de problemas,partindo de um objetivo (ou uma melhor situação futura) ao contrário de buscar simplesmente resolver um problema específico.
Numa dinâmica de grupo você é avaliado pelas suas atitudes, comportamentos e reações. Um candidato se destaca quando visa solucionar problemas e promover o bem-estar e entendimento entre os indivíduos do grupo e esses são exatamente as premissas do Design Thinking.
Por enquanto isso pode parecer meio abstrato, porém, ao longo deste artigo vamos entender como pode ser feita aplicação do Design Thinking em dinâmicas de grupo para auxiliar na obtenção do sucesso em suas interações interpessoais.
Agora se imagine em uma dinâmica de grupo. Como você se comporta e toma suas decisões?
Vamos dividir em etapas as principais atitudes que acreditamos que são importantes:
1 – IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES: OBSERVE, OBSERVE E OBSERVE…
Este é o primeiro aspecto do Design Thinking que você pode aplicar em uma dinâmica em grupo. As palavras de ordem são observação, entendimento, e percepção. Observe quem são as pessoas que estão no ambiente. Observe as pessoas do seu grupo e como elas agem e reagem às situações. Fazer uma breve identificação de padrões de pensamentos é importante para entender como você terá que lidar para sugerir suas ideias e resoluções, além de se preparar para receber a opinião de cada um.
Deve-se buscar o entendimento do case em questão e das intenções dos avaliadores com a proposta. Quais as questões a serem resolvidas e desenvolvidas, e o que pode ser avaliado em cada etapa do case. A busca pelas soluções das questões dos indivíduos para quem você resolve o case é um pilar básico do Design Thinking e o processo se inicia através da observação e identificação de oportunidades de todas as ordens.
2 – ANALISANDO AS OPORTUNIDADES: ESTEJA ABERTO
As técnicas de brainstorming são positivas e muito produtivas nesta etapa do processo. É o momento em que se começa a analisar o que se tem e a se pensar em possíveis respostas. O processamento e a síntese das descobertas, em conjunto com a inclusão dos pontos de vista de toda a equipe fundamentam o Design. Saiba ouvir as opiniões do grupo, tentando entender os propósitos de cada um. Todas as ideias agregam alguma coisa ou dá margem para uma outra ideia melhor. As palavras chaves são empatia e humildade ao ouvir o outro e ao tentar entender sua ideia.
Nessa parte do processo é quando há exploração de uma ampla variedade de possíveis soluções, uma discussão saudável sobre elas entre os componentes do grupo, permitindo ao grupo ir além do óbvio para gerar uma grande quantidade de ideias. É um momento em que todos os candidatos são avaliados pela postura, forma como colocam suas ideias e como recebem as dos outros. A dica é estar aberto ao que pode surgir e ver oportunidades em cada problema que aparece.
3 – ESTRUTURANDO SOLUÇÕES: PENSANDO FORA DA CAIXA
A dica aqui é pensar de forma analítica e ser flexível para unir as boas ideias em uma só, que também são premissas do Design Thinking. Nunca receba possíveis soluções de forma “engessada”, é preciso pensar fora da caixa. A inovação de ideias e, consequentemente, o Design Thinking, demandam que os indivíduos estejam abertos às mudanças.
Outra boa dica é não se desesperar ao errar ou dar uma ideia “ruim”, faz parte de qualquer estruturação de uma solução.
Use sua percepção do início para saber como estimular a geração de ideias e uma certa descontração entre o grupo. É legal criar uma relação boa entre os integrantes para o clima ficar leve e não tão competitivo, assim as ideias fluem melhor.
E muito importante, use o poder do questionamento e dê um pequeno feedback sobre o que acha das ideias propostas. “Hm, legal, como você acha que podemos aplicar isso?” “O que vocês acham de tal coisa? Porque?”
Use a diversidade que vocês tem no grupo para elaborar as melhores ideias. Cada um tem uma vivência única, importante para compor uma variedade e abrangência de soluções boas.
4 – FEEDBACK E ANÁLISE FINAL DA PROPOSTA: VAI COM FÉ E VISTA A CAMISA
É importante que todos concordem com grande parte da solução, para que todos acreditem fortemente naquilo e façam “pra valer”. Tenha em mente que é um trabalho em grupo, você é apenas uma peça do quebra cabeça e nem sempre ser “o líder” e tentar ser o destaque dá certo. As cabeças devem pensar juntas e chegar em conclusões juntas porque elas pensarão melhor do que uma cabeça só. Dê o seus feedbacks, e peça os dos outros integrantes do grupo. Alinhem os pontos fortes na proposta de vocês e o que pode não dar certo, alinhando também respostas caso os avaliadores perguntem algo. O Design Thinking nos ensina a ter uma visão ampla das situações, o que ajuda muito nessas horas.
Combinem uma apresentação plausível que favoreça a todos. Apesar de ser um ambiente competitivo, nem sempre o “aparecidinho” se dá bem. Uma apresentação da proposta de forma equilibrada em todos os sentidos é a melhor opção. Os integrantes devem apresentar uma solução pra dinâmica de grupo visando os melhores resultados para o grupo, tendo em mente o que os avaliadores têm como expectativa.
Esperamos que o uso dessas técnicas traga resultados incríveis. Lembre-se: sempre busque conhecimento e aprimorar suas habilidades. Uma fonte interessante de informação é o livro do precursor do Design Thinking, o Tim Brown, que em 2009 lançou o bestseller “Design Thinking – Uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias”.
Boa sorte e bora pra action!
Autora: Priscila D’Avillar