As API’s (Application Programming Interface) são extremamente úteis nos dias de hoje para integrar sistemas e aplicações. Elas permitem que serviços e sistemas se comuniquem de maneira padronizada, sem precisar saber os detalhes internos um do outro.

Vamos falar sobre as API’s REST, um tipo específico de API que utiliza os padrões da arquitetura REST e do protocolo HTTP para definir interfaces padronizadas.

Veremos o que são API’s REST, para que servem, suas vantagens, casos de uso e boas práticas para projetar, documentar e consumir essas API’s.

O que são API’s?

API é uma sigla para Application Programming Interface, que significa Interface de Programação de Aplicações.

As API’s são mecanismos que permitem a comunicação entre diferentes sistemas de maneira padronizada, sem que um sistema precise conhecer detalhes internos de implementação do outro.

Alguns objetivos das API’s:

  • Permitir a integração entre sistemas e aplicações diferentes
  • Expor funcionalidades e dados de maneira estruturada
  • Habilitar o desenvolvimento de aplicativos clientes que consomem serviços de back-end

As API’s funcionam como “contratos” que definem como os sistemas podem interagir, quais requisições podem ser feitas, qual será a estrutura das respostas, entre outras especificações.

Isso permite que os sistemas possam ser desenvolvidos independentemente, desde que respeitem o contrato definido pela API.

O que é REST?

REST (Representational State Transfer) é um estilo arquitetural para construção de web services e API’s.

O REST define uma série de restrições e princípios para criar interfaces que utilizam os padrões já definidos na web pelo protocolo HTTP.

Alguns princípios do REST:

  • Interface uniforme: a interface segue os padrões da web com os verbos HTTP (GET, POST, PUT, DELETE, etc)
  • Stateless: cada requisição HTTP contém todas as informações necessárias, não há estado entre requisições
  • Cacheable: as respostas podem ser cacheadas para melhorar performance

O REST permite construir API’s que aproveitam toda a arquitetura já existente da web, com seus métodos, status codes e formas de cache.

O que são API’s REST?

As API’s REST são interfaces de programação de aplicações que seguem os princípios da arquitetura REST.

Elas definem contratos entre sistemas utilizando os padrões da web, como HTTP, JSON, XML e os verbos HTTP (GET, POST, etc).

Algumas vantagens das API’s REST:

  • Permite reaproveitar a arquitetura e padrões da web
  • Independente de linguagem ou plataforma
  • Escalável e performático
  • Interfaces bem definidas e padronizadas

As API’s REST estão entre os tipos de web services mais populares hoje em dia, e são amplamente utilizadas por grandes empresas como Google, Twitter, Facebook e muitas outras.

Para que servem as API’s REST?

As API’s REST servem para expor funcionalidades e dados de sistemas de maneira estruturada e padronizada.

Elas permitem integrar aplicações, servir dados para aplicativos web e mobile, realizar chamadas de back-end a partir do front-end, entre outros casos de uso.

Alguns exemplos de aplicações das API’s REST:

  • Um aplicativo mobile que consome dados de um serviço web por meio de uma API REST
  • Integração entre sistemas internos de uma empresa
  • Servir conteúdo estruturado para ser consumido no front-end de sites
  • Permitir que aplicativos de terceiros acessem e integrem com serviços de uma empresa
  • Compartilhar dados e funcionalidades entre equipes e produtos diferentes

As API’s permitem decompor sistemas em serviços menores e independentes, que podem ser reaproveitados por múltiplos aplicativos clientes.

Boas práticas para API’s REST

Para construir API’s REST maduras, que possam ser facilmente compreendidas e integradas, algumas boas práticas devem ser seguidas:

Utilizar verbos HTTP corretamente

Os verbos HTTP como GET, POST, PUT e DELETE devem ser utilizados de maneira apropriada para cada operação.

GET para obter recursos, POST para criar novos recursos, PUT para atualizar e DELETE para apagar recursos.

Respostas com códigos de status HTTP

Utilizar os códigos de resposta HTTP de maneira adequada para indicar o resultado das requisições.

Exemplos:

  • 200 OK para requisições bem sucedidas
  • 400 Bad Request para requisições mal formatadas
  • 404 Not Found caso o recurso não exista

Formatos de dados padronizados

Formatos populares como JSON e XML devem ser usados para maior interoperabilidade entre aplicações. JSON é o mais comum em API’s REST atualmente.

Utilizar verbos HTTP para segurança

Os verbos HTTP já trazem semântica relacionada à segurança.

GET é mais seguro pois só recupera dados, POST, PUT e DELETE podem alterar/apagar dados do servidor.

Autenticação e autorização

Quando necessário, proteger a API com OAuth ou JWT para garantir que apenas aplicações e usuários autorizados possam consumi-la.

Documentação

Ter uma documentação clara e objetiva da API é fundamental para que outras equipes compreendam e consigam integrar com a mesma.

Versionamento

Versionar a API para não quebrar clientes existentes quando precisar realizar mudanças.

Análise e monitoramento

Ter analytics e monitoramento de métricas de uso, performance, erros da API. Isso ajuda a tomar decisões para melhorias e evoluções futuras.

Conclusão

As API’s REST permitem a integração entre aplicações utilizando a arquitetura da web como base.

Elas seguem os princípios REST e os padrões da web, como HTTP, JSON e XML para definir interfaces consistentes e escaláveis.

Bem projetadas e documentadas, as API’s facilitam o desenvolvimento de ecossistemas digitais, onde diferentes aplicações podem se integrar e compartilhar funcionalidades de maneira simples e padronizada.