O Controle Estatístico de Processos (CEP) é uma ferramenta fundamental para monitorar e controlar a qualidade de um processo ao longo do tempo. Este artigo explora em detalhes o uso de cartas de controle, os tipos de variação, os testes para identificar causas especiais de variação, e as cartas específicas para dados não normais e eventos raros. Compreender esses conceitos é essencial para a aplicação eficaz do CEP na prática.

Controle Estatístico de Processos (CEP)

O Controle Estatístico de Processos (CEP) é uma ferramenta importante para monitorar e controlar a qualidade de um processo ao longo do tempo. Ele permite identificar se um processo está sob controle estatisticamente ou não, e quais são as principais fontes de variação que estão afetando esse processo.

  • Identificação de processos sob controle estatístico
  • Identificação das principais fontes de variação em um processo
  • Monitoramento e controle da qualidade ao longo do tempo

O que são cartas de controle e quando utilizá-las

Cartas de controle são representações gráficas da evolução de uma característica da qualidade ao longo do tempo, com limites superior e inferior. Elas permitem visualizar se um processo está sob controle estatisticamente ou não.

  • Demonstração da estabilidade e consistência de um processo ao longo do tempo
  • Entendimento dos tipos de variação presentes em um processo
  • Verificação da estabilidade antes e depois de análises/melhorias
  • Avaliação da eficácia de mudanças realizadas no processo

Anatomia das cartas de controle

As cartas de controle possuem alguns elementos básicos, como a linha central, limites de controle e pontos que representam as medições do processo ao longo do tempo.

  • Linha central: representa a média do processo
  • Limites de controle: superior e inferior, definindo a faixa de variação esperada
  • Pontos: representam as medições do processo ao longo do tempo
  • Distância entre limites de controle e linha central é tipicamente de 3 sigmas (desvios padrão)

Anatomia da carta de controle

A carta de controle é uma ferramenta essencial para monitorar a variabilidade de um processo ao longo do tempo. Ela ajuda a identificar variações comuns e especiais, fornecendo insights valiosos para a gestão da qualidade.

  • A carta de controle é utilizada para monitorar a variabilidade de um processo ao longo do tempo.
  • Ela identifica variações comuns e especiais, fornecendo insights para a gestão da qualidade.
  • A presença de pontos fora dos limites de controle indica variação especial, que requer investigação.
  • Variações dentro dos limites de controle são consideradas comuns e inerentes ao processo.

Variação comum x Variação especial

Compreender a diferença entre variação comum e variação especial é fundamental para a gestão da qualidade. Enquanto a variação comum é esperada e aceitável, a variação especial indica a presença de fatores externos que precisam ser identificados e eliminados.

  • Variação comum refere-se a variações aleatórias inerentes ao processo, esperadas e aceitáveis.
  • Variação especial é causada por fatores externos e precisa ser identificada e eliminada.
  • A carta de controle ajuda a distinguir entre variação comum e especial, fornecendo orientação para ações corretivas.

Significado do termo ‘6 sigma’

O termo ‘6 sigma’ está relacionado aos limites de controle das cartas, que geralmente estão a uma distância de 3 sigmas da média. Isso representa um nível de controle estatístico de 99,73%, indicando a eficácia do processo em manter a variação dentro de limites aceitáveis.

  • Os limites de controle das cartas estão tipicamente a 3 sigmas da média, representando 99,73% da variação total.
  • Um processo ‘6 sigma’ indica que está sob controle estatístico em 99,73% do tempo.
  • O termo ‘6 sigma’ reflete a eficácia do processo em manter a variação dentro de limites aceitáveis.

Testes para identificar causas especiais de variação

Existem testes estatísticos que podem ser aplicados para identificar e validar causas especiais de variação em um processo. Esses testes ajudam a detectar pontos fora dos limites de controle e orientam as ações corretivas necessárias para eliminá-los.

  • Teste 1-2-3: indicativo de falta de controle quando 1 ponto cai além dos limites ou 2 dos 3 pontos consecutivos caem além da linha central.
  • Teste 4-5: indica falta de controle quando 4 dos 5 pontos consecutivos caem além de 1 sigma dos limites.
  • Teste de tendência: indicativo de falta de controle quando 6 pontos consecutivos aumentam ou diminuem monotonamente.

Cartas de controle para dados não normais

Embora as cartas de controle sejam comumente utilizadas para dados que seguem uma distribuição normal, existem métodos e técnicas para adaptá-las a dados não normais. É essencial compreender como aplicar cartas de controle em diferentes contextos para garantir a eficácia da monitorização da qualidade.

  • Existem métodos para adaptar cartas de controle a dados não normais.
  • A compreensão de como aplicar cartas de controle em diferentes contextos é essencial para a eficácia da monitorização da qualidade.

Distribuições não normais e cartas de controle

Muitos processos geram dados com distribuições não normais, o que pode levar a erros de interpretação ao utilizar cartas de controle tradicionais. Existem cartas de controle específicas para dados não normais, como:

  • Cartas de controle para dados binomiais são utilizadas quando a característica é atributo, como a contagem de não-conformes
  • Carta de controle de Poisson é indicada para dados de contagem com média <= 5
  • Cartas de controle de médias móveis são menos sensíveis a não normalidade
  • Cartas de soma acumulada (CUSUM) identificam pequenas variações na média do processo
  • Cartas de controle com transformações aplicam-se transformações aos dados antes de construir a carta

Cartas de controle para eventos raros

Em processos nos quais os defeitos ou não conformidades são eventos muito raros, é inviável construir uma carta de controle tradicional considerando taxas de defeitos por unidade. Para monitorar esses eventos raros, utilizam-se cartas de controle específicas, tais como:

  • Carta G controla o tempo ou número de unidades entre a ocorrência de eventos raros
  • Carta de controle geométrica é similar a carta G, porém considera apenas o número de itens entre eventos raros
  • Carta de controle de Poisson controla diretamente a média do número de eventos por unidade

Torne-se um gestor(a) de projetos aprendendo tudo na prática!

Aprenda mais sobre melhoria contínua com a nossa Formação em Projetos, e aprenda analisando dados, executando testes e otimizando processos, aprendendo habilidades como:

  • Lean Six Sigma
  • Scrum
  • Green Belt
  • Excel Avançado
  • Power BI
  • Análises Estatísticas
  • Criação de Dashboards
  • Mapeamento de Processo

Conclusão

O Controle Estatístico de Processos, através do uso de cartas de controle, é uma ferramenta indispensável para monitorar a estabilidade de processos ao longo do tempo. Compreender os fundamentos das cartas de controle, como interpretá-las corretamente e identificar variações normais ou especiais, é essencial para utilizar essa técnica na prática. Este artigo cobriu desde os conceitos iniciais sobre CEP até tópicos mais avançados, como cartas para dados não normais e eventos raros.

  • Compreender os fundamentos das cartas de controle é essencial para utilizar o Controle Estatístico de Processos na prática
  • A utilização de cartas de controle é indispensável para monitorar a estabilidade de processos ao longo do tempo