A prototipagem é uma parte essencial do processo de design de produtos digitais. Ela permite que os designers testem e validem ideias antes de construir o produto final.
Existem diferentes níveis de prototipagem, que variam principalmente no nível de detalhe e funcionalidade. Esses níveis são comumente chamados de:
- Protótipos de baixa fidelidade
- Protótipos de média fidelidade
- Protótipos de alta fidelidade
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Protótipos de Baixa Fidelidade
Protótipos de baixa fidelidade, também chamados de protótipos de papel, são a forma mais rápida e barata de prototipar.
Eles consistem em representações simples e incompletas do produto, normalmente feitas no papel com caneta ou no computador de forma rudimentar.
O objetivo dos protótipos de baixa fidelidade é permitir o teste rápido de conceitos e ideias iniciais, antes de investir mais tempo no design.
Quando Usar
Os protótipos de baixa fidelidade são recomendados nas seguintes situações:
- Teste inicial de conceitos de alto nível
- Coleta de feedback nos estágios iniciais do projeto
- Teste rápido de múltiplas ideias e alternativas
- Alinhamento entre equipes de produto, design e negócio
Por serem rápidos e baratos de produzir, eles permitem validar diversas abordagens antes de partir para soluções mais detalhadas.
Prós
- Rápido: podem ser criados e iterados rapidamente, sem necessidade de detalhamento preciso.
- Barato: utilizam materiais simples como papel, caneta e ferramentas básicas de design.
- Empatia: estimulam a colaboração e alinhamento entre equipes.
- Feedback honesto: usuários tendem a criticar mais livremente, pois percebem pouco investimento.
Contras
- Irrealista: não substituem bem uma experiência digital real. Falta de realismo pode distorcer feedback dos usuários.
- Impreciso: usuários podem interpretar lacunas de maneira diferente do designer, levando a resultados imprecisos.
Protótipos de Média Fidelidade
Após o teste inicial com protótipos de baixa fidelidade, o próximo passo é evoluir para a média fidelidade.
Também chamados de wireframes, os protótipos de média fidelidade são digitais e criados normalmente na escala de cinza.
Eles focam principalmente no fluxo do usuário e arquitetura da informação, omitindo elementos de design como cores, imagens e logotipos.
Quando Usar
Os protótipos de média fidelidade são indicados para:
- Testar usabilidade básica antes de aplicar o visual final
- Obter feedback dos usuários sobre fluxos e informações
- Iterar rapidamente antes de investir no detalhamento visual
Ao omitir esses elementos visuais, o foco do teste recai sobre a disposição das informações e fluxo de navegação.
Prós
- Realismo: experiências mais realistas que protótipos de papel, resultando em feedback aprimorado.
- Rapidez: permitem iterar fluxos rapidamente, antes de detalhar o design visual.
- Foco: ausência de elementos visuais faz o usuário se concentrar no essencial.
Contras
- Limitado: não substitui completamente a experiência real do produto final.
- Distorcido: ausência de elementos visuais pode afetar a experiência e feedback dos testes.
Protótipos de Alta Fidelidade
Após múltiplas iterações nas fidelidades mais baixas, chega o momento de investir em protótipos de alta fidelidade.
Esses protótipos refletem o mais precisamente possível o produto final, incluindo elementos visuais e de design.
O objetivo é simular de forma bastante realista a experiência do usuário antes de partir para o desenvolvimento.
Quando Usar
Recomenda-se o uso de protótipos de alta fidelidade nas seguintes situações:
- Teste final de conceitos validados previamente
- Obtenção de confiança de que o produto será utilizável antes de desenvolver
- Demonstração realista da experiência final para desenvolvedores
Ou seja, eles servem como última etapa de validação antes da construção do produto.
Prós
- Realismo: permitem testes muito próximos da experiência real final.
- Redução de risco: teste final antes do desenvolvimento traz confiança para o projeto.
- Comunicação: demonstram de forma clara para desenvolvedores como deve ser a experiência final.
Contras
- Caro: consome mais recursos e tempo para criar.
- Demorado: necessita de detalhamento preciso, levando mais tempo.
- Feedback distorcido: usuários podem não criticar para não desvalorizar o trabalho realizado.
Conclusão
Cada nível de fidelidade de protótipo tem seu valor no processo de design. A chave é entender os prós e contras de cada um para aplicá-los no momento certo.
De modo geral, recomenda-se começar testando com baixa fidelidade, depois evoluir para média fidelidade, e apenas ao final investir na alta fidelidade.
Dessa forma, minimizam-se riscos e custos com a construção de um produto que não atende devidamente às necessidades dos usuários.
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